26.6.14

Por entre meus dedos

Por entre meus dedos se esvai águas azuis,
Maravilhado e surpreso estou com seu encanto,
Nada nunca afetara um titã como eu,
E agora você deixa-me de joelhos.

Porém mesmo com este doce suco em minha boca,
Parece não saciar minha sede,
Ou devo dizer curiosidade?

Águas azuis me extasiam,
Mas as verdes ainda tenho à almejar.

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16.6.14

Pingos

Azul, amarelo e vermelho,
Tem o verde e o preto também,
Cerâmica, pincel e espelho,
E cuidado pra não respingar em ninguém,
As flores posam deslumbrantes,
As gotas caem e surgem novas pintas,
Arte, sujeira ou semelhante,
Agora notei que estou coberto de tintas,
Não sei se é arte, bagunça ou criação
Mas se tem papel e tinta, me divirto de coração.


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15.6.14

Reflexo

Você pode ver o reflexo,
Nítido e indolor,
Mas ignora o nexo,
Apenas vislumbra a cor,

Por baixo deste manto iluminado,
Se arrasta uma alma desesperada,
Carregado de dor e amaldiçoado,
Com sabor amargo e desprezado,

Segue rezas infindáveis de lamentações,
Trava guerras apocalípticas que destruiriam corações,
Abraça cegamente o seu destino, e se mantem em pé,
Pois agora, você está olhando.

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6.6.14

Aquele Sol

O Sol brilha no céu
Desmancha os devaneios
O vento agracia o seu véu
Este é o momento que anseio

E agora sabes a razão
Entre êxtases e bons ares
Pela qual se desarranja meu coração
Tenho algo a mostrar-lhe

É aquele Sol que brilha no céu

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3.6.14

Flores murcham
Pétalas caem
O chão se preenche
A beleza se esvai
Colho uma a uma
Com ansiedade a transbordar
Um agridoce no peito
E todo meu tempo a doar

Cá estou, cá espero
Outra flor brotar.

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