31.7.14

Vou compor


Hoje afinarei meu violão,
E irei compor canções de paixão,
Pois meu coração ferve deste sentimento,
E a minha moda expressarei com o instrumento,

Essa convicta onda que me arrasta sem querer,
E todas minhas palavras converterão em você,
Que é a origem deste doce problema,
Enquanto me confundo em tudo com meu ser...
...Mas não me perco ao te transformar em um lindo poema.



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25.7.14

Morangos

Por este ardente desejo irei rastejar,
Seguindo as migalhas que você deixa,
Enquanto transpiro ao fogo do olhar,
E anseio para que você me veja.

A cada passo me afundo nesta tentação,
Cambaleio, as vezes tropeçando,
Agora eu tenho sua atenção,
E vejo sobre sua pele, lindos morangos...

Vermelhos como seus doces lábios,
E seu cheiro que me entorpece,
Se um dia isto vier a doer, que seja ágil,

Pois o tempo poderia parar agora...
... Enquanto te observo e você adormece.

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23.7.14

Vênia

Permita-me ver-te novamente,
Não deixe-me à penumbra,
Sombria ansiedade dos fios de outrora,
Sinto-me numa sinfonia profunda.

As notas estremessem o nosso laço,
Ei de te esquecer talvez em breve,
Minto, pois não esquecerei seu abraço,
E o bem aventurado amor que não se descreve.

Tento aqui dar-te meu último suspiro,
Pois o fogo da paixão agora queima por fora,
Provarei-te como é doce o fruto do nosso destino,
E que viveremos o mesmo caminho a partir de agora.

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21.7.14

Passos

Por entre ruas já andei,
E minha vista por vezes se encheu,
Em muitos lugares procurei,
Mas meu coração esmaeceu.

Acho que me perdi de toda a ternura,
Influenciado por palavras falsas,
Mas me reencontrei na loucura,
De paixões entre doces passos.

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4.7.14

Disso e daquilo

Há tintas pelo chão e pincéis por todos os lados, 
Rabiscos e um borrão e traços desconcentrados,
Mas há arte e inspiração e o âmago do pintor,
Será uma doce composição com arte,
sujeira e um toque de amor.

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2.7.14

Um fim

Foi simples, foi um fim.
O ecoar daquelas dolorosas palavras em minha mente causavam-me náuseas e calafrios.
A lua brilhava forte no céu, e sua luz se infiltrava pelas frestas da cortina.
A sala estava fria, não existia mais amor ali.
Respirei fundo, o ar gelado amorteceu meu corpo, e com os punhos cerrados avancei sobre a mesa.
A lâmina gritou ao ser retirada de seu descanso, e após mais três passos, eu estava atrás dela.
Tudo fora rápido, tudo fora furtivo, exceto meu coração, que se desesperava com pancadas violentas contra meu peito.
Senti o cheiro do seu corpo, observei por mais um último momento o brilho daqueles cabelos negros e por fim, eu estava saciado.
Preto, branco e vermelho sangue.
Minha obra prima, minha última pintura, minha última expressão, meu último sentimento.
Foi simples, foi um fim.

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